O Bezerro de Ouro e a Idolatria Política no Meio do Povo de Deus
Enquanto Moisés estava no Monte Sinai recebendo a Lei do Senhor, o povo de Israel, impaciente e inseguro, decidiu construir para si um deus visível. “Faze-nos deuses que vão adiante de nós”, disseram a Arão. E assim, entregaram seus brincos de ouro e moldaram um bezerro. Um ídolo de metal. Um símbolo do desvio do coração. Êxodo 32 narra esse momento de profunda traição espiritual.
O que mais me impressiona nesse episódio não é apenas a criação do ídolo, mas a rapidez com que o povo se esqueceu do Deus que os tirou do Egito com mão forte. Em poucos dias, trocaram a glória do Deus vivo por uma imagem sem vida. Isso revela uma verdade desconfortável: o coração humano tem uma inclinação natural à idolatria.
Hoje, no Brasil, esse padrão se repete — e com dor no coração, preciso dizer — dentro do próprio povo evangélico.
Não estamos moldando bezerros de ouro com nossas mãos, mas muitos têm erguido ídolos políticos com suas palavras, suas redes sociais, sua esperança e até sua fé. Há crentes que defendem políticos como se fossem ungidos do Senhor, inquestionáveis, irrepreensíveis, messiânicos. Há igrejas que misturam púlpito com palanque, evangelho com ideologia, salvação com partido.
Irmãos, isso é idolatria.
Quando o povo trocou Deus pelo bezerro, não estavam apenas pecando: estavam tentando controlar o divino, criar um substituto domesticado para o Senhor. Hoje, ao endeusar políticos, estamos fazendo o mesmo. Estamos trocando a fé viva em Cristo pela falsa segurança de líderes humanos. Estamos olhando para o Estado como se fosse o Salvador, em vez de olhar para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
O evangelho não é de direita nem de esquerda. O evangelho é do alto.
Devemos orar pelas autoridades, como manda a Palavra em 1 Timóteo 2:1-2. Devemos participar da vida pública com consciência e responsabilidade. Mas jamais devemos colocar nossa esperança em homens. Em
Jeremias 17:5 diz: "Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!" e o Salmo 146:3 é claro: “Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há salvação.”
Meu apelo como servo de Cristo é que cada cristão examine seu coração. Qual é o seu verdadeiro altar? Diante de quem você se curva com mais facilidade: do Senhor ou do seu político de estimação? Você se emociona mais com discursos de campanha ou com a Palavra de Deus?
O bezerro de ouro pode ter mudado de forma, mas ainda vive onde a fé é trocada pela ideologia, e onde o nome de Jesus é usado para justificar projetos humanos.
Voltemos ao primeiro amor. Arrependamo-nos da idolatria moderna. Que nosso coração pertença somente a Cristo, nosso Rei eterno, e que nossa fé jamais se corrompa diante de nenhum bezerro — seja de ouro, de palanque ou de promessa.
Soli Deo Gloria.
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