..............................SHOW OU CULTO?......................................
"Isso daqui não é um show, é um culto!" Diz, ao microfone, o cantor emocionado, chamando o público à importância do momento. Mas a afirmação, se não for uma mentira, é um engano. E se não for nenhum dos dois é, no mínimo, uma verdaeira idiotice. Há de se dar nome aos bois. Se aquilo é um palco. Se aquela estrutura é de show. Se pagamos para entrar. Se a banda recebe cachê. Aquilo dali é um show, sim. Eu só vou crer no contrário no dia em que o cantor anunciar que devolverá todo o dinheiro dos ingressos e que reduzirá seu cachê a um preço justo.
Entenda, não sou contra o ministério de música sustentar-se mediante o recebimento de cachê ou de ofertas. Sou contra o abuso e a forma como as coisas se parecem cada vez mais com o universo secular. Quanto mais conhecido o artista, mais caro cobrará, como se houvesse um valor para a unção.
Sou contra a hipocrisia de afirmar que não é um show quando tá na cara que é. Daqui a pouco vão afirmar que não vendem ingressos, apenas trocam-nos por bençãos financeiras. Dinheiro é dinheiro no bolso de quem for, não é porque está no do crente que deixa de ser.
Sou ainda contra a pseudo-espiritualidade de santificar tudo, mas sem esquecer do bendito dinheiro. Repito, sei que um ministério de música com banda tem despesas elevadas, mas algo me leva a crer que o cachê é muito superior às ditas despesas. Que haja um valor justo, que haja transparência.
Por último, que tolice é essa de pensar que a mudança de uma palavra removerá o caráter financeiro que já está impresso no evento? Que bobagem de achar que não se pode adorar a Deus num show. Pode-se, desde que haja sinceridade. Até numa penintenciária é possível fazê-lo, como Paulo e Silas o fizeram.
Em lugar de dizer "Isso daqui não é um show é um culto!" deveria ser honesto o artista e dizer "Isso daqui é um show, sim, mas apesar disso vamos louvar a Deus. A verbo to show do inglês é o verbo mostrar. Que nessa noite, portanto, mostremos a Cristo, a despeito de nossas fraquezas e tão grandes falhas."
Outra coisa desagradável é, quando, trazem uma banda meia-boca, mas cobram por uma big-band. Não trazem back-vocals, ou o cantor resolve pregar por uma hora, alegando ser um culto. Um verdadeiro desrespeito com aqueles que se sacrificam para estar ali e que não são obrigados a pagar 10,00 ou 20,00 para cultuar em sua igreja. Pelo menos lá a oferta é voluntária. Lá, sim é um culto e não um show. Pelo menos, deveria ser.
Por Joao Marcos: https://www.facebook.com/jomas.jominhas
"Isso daqui não é um show, é um culto!" Diz, ao microfone, o cantor emocionado, chamando o público à importância do momento. Mas a afirmação, se não for uma mentira, é um engano. E se não for nenhum dos dois é, no mínimo, uma verdaeira idiotice. Há de se dar nome aos bois. Se aquilo é um palco. Se aquela estrutura é de show. Se pagamos para entrar. Se a banda recebe cachê. Aquilo dali é um show, sim. Eu só vou crer no contrário no dia em que o cantor anunciar que devolverá todo o dinheiro dos ingressos e que reduzirá seu cachê a um preço justo.
Entenda, não sou contra o ministério de música sustentar-se mediante o recebimento de cachê ou de ofertas. Sou contra o abuso e a forma como as coisas se parecem cada vez mais com o universo secular. Quanto mais conhecido o artista, mais caro cobrará, como se houvesse um valor para a unção.
Sou contra a hipocrisia de afirmar que não é um show quando tá na cara que é. Daqui a pouco vão afirmar que não vendem ingressos, apenas trocam-nos por bençãos financeiras. Dinheiro é dinheiro no bolso de quem for, não é porque está no do crente que deixa de ser.
Sou ainda contra a pseudo-espiritualidade de santificar tudo, mas sem esquecer do bendito dinheiro. Repito, sei que um ministério de música com banda tem despesas elevadas, mas algo me leva a crer que o cachê é muito superior às ditas despesas. Que haja um valor justo, que haja transparência.
Por último, que tolice é essa de pensar que a mudança de uma palavra removerá o caráter financeiro que já está impresso no evento? Que bobagem de achar que não se pode adorar a Deus num show. Pode-se, desde que haja sinceridade. Até numa penintenciária é possível fazê-lo, como Paulo e Silas o fizeram.
Em lugar de dizer "Isso daqui não é um show é um culto!" deveria ser honesto o artista e dizer "Isso daqui é um show, sim, mas apesar disso vamos louvar a Deus. A verbo to show do inglês é o verbo mostrar. Que nessa noite, portanto, mostremos a Cristo, a despeito de nossas fraquezas e tão grandes falhas."
Outra coisa desagradável é, quando, trazem uma banda meia-boca, mas cobram por uma big-band. Não trazem back-vocals, ou o cantor resolve pregar por uma hora, alegando ser um culto. Um verdadeiro desrespeito com aqueles que se sacrificam para estar ali e que não são obrigados a pagar 10,00 ou 20,00 para cultuar em sua igreja. Pelo menos lá a oferta é voluntária. Lá, sim é um culto e não um show. Pelo menos, deveria ser.
Por Joao Marcos: https://www.facebook.com/jomas.jominhas
Onde clica pra falar que li e concordo com os termos acima?
ResponderExcluirGostei da sua opnião.