Os que vieram antes de Jesus podiam apenas dizer como uma pessoa deveria ser. Jesus, porém, mostrou isso em Seu próprio corpo. Ele não apenas indicou o ideal, como os outros fizeram, mas Ele próprio foi o ideal e o viveu diante de nossos olhos. (O. Hallesby, em “Como Me Tornei Cristão)
Ele viu
Nas
primeiras páginas da Bíblia lemos que Deus, depois de criar tudo, olhou para a
criação e concluiu: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve
tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1.31). O homem, nesse momento, vivia em perfeita
harmonia com o seu Criador e com a criação. Mas então o pecado se interpôs, o
ser humano perdeu a comunhão com Deus e a criação inteira foi afetada pela queda.
A maldade começou a se alastrar: “viu o Senhor que a maldade do homem se havia
multiplicado na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração”
(Gn 6.5). Deus enviou o dilúvio e salvou unicamente a Noé e sua família. Mas o
pecado sobreviveu dentro da arca, e não demorou muito para que os homens se rebelassem
novamente contra Deus. Construíram a torre de Babel, e Deus teve de intervir para
acabar com o orgulho ilimitado da humanidade. Assim, os homens foram dispersos
por todo o globo terrestre e Deus confundiu sua linguagem. Mais tarde, Deus escolheu
Abraão, e depois dele seu filho Isaque e seu neto Jacó. Deus o fez por uma razão
bem específica: queria enviar um Salvador, vindo da descendência de Abraão, para
resgatar a humanidade da miséria de seu pecado. Para tanto, Deus deu a Abraão a
promessa de que através dele e de sua descendência toda a humanidade seria abençoada:
“...em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa foi uma
clara indicação da vinda de Jesus para salvar o mundo, pois Ele veio da linhagem
de Abraão através de Isaque e Jacó, que é Israel. Pensando nesse fato, Jesus
disse que “a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22). Cristo estava querendo dizer que a salvação para
o mundo vem dos judeus porque Ele, como homem, descendia do povo judeu e trouxe
a salvação ao mundo inteiro.
Quando Abraão se
dispôs a sacrificar seu filho, Deus interferiu e não permitiu que o menino fosse
morto. Mas no lugar do sacrifício de Isaque o próprio Deus, um dia, nos concederia
um sacrifício de Si próprio trazendo a salvação para o mundo todo. Por esse motivo
Abraão declarou profeticamente em relação a esse fato tão significativo no Plano
de Salvação: “E pôs Abraão por nome àquele
lugar – O Senhor Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do Senhor
se proverá” (Gn 22.14). Com grande probabilidade, esse lugar onde Abraão
queria sacrificar seu filho Isaque fica na cadeia montanhosa de Moriá, no monte
Gólgota, onde Jesus Cristo morreu pelos pecados do mundo aproximadamente 2.000
anos depois. Deus havia eleito esse lugar, e lá Jesus quis se sacrificar por
nós.
Ele veio
Ele veio
como bebê, dependendo dos outros para Seus cuidados. Como criança, já começou a
ser perseguido e teve de fugir.
O
amor de Deus pelos homens foi maior do que a rejeição destes a Deus. Jesus veio
à terra não para reinar como Rei, mas como servo, para nos salvar. Ele nasceu
como bebê indefeso em condições de pobreza. Tornou-se servo por sofrer pessoalmente
muito mais do que qualquer outra pessoa. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
O que significou
o Natal para Deus? Em primeiro lugar, Deus separou-se de Seu Filho. O que essa
separação deve ter representado para Ele? Jesus abriu mão de Sua glória no céu,
que era um inimaginável reino de luz, pureza e beleza e onde incontáveis multidões
de anjos O serviam, para vir à terra, dominada pelo pecado, pela impureza e pelo
poder das trevas. Ele, que é a própria vida e que existe desde a eternidade,
veio a um mundo onde reina a morte. Ninguém consegue imaginar e compreender esse
contraste. Jesus não veio como rei, mesmo sendo Rei. Ele veio como bebê, dependendo
dos outros para Seus cuidados. Como criança, já começou a ser perseguido e teve
de fugir. Jesus não cresceu na riqueza, pois tinha de trabalhar pelo Seu sustento.
Muitas vezes não foi compreendido pela Sua família e pelos Seus amigos. Os religiosos
de Israel O rejeitavam e perseguiam. Foi chamado de comilão e bebedor de vinho
e, no final da Sua vida, foi traído e negado. Seus melhores amigos O abandonaram.
Cristo foi condenado
como malfeitor e humilhado, mesmo tendo feito apenas o bem em toda a Sua vida. Mas
a maior dor de Jesus foi ter sido abandonado pelo Pai quando estava dependurado
na cruz, porque se fez pecado por nós. Jesus veio ao mundo com o propósito de
morrer em nosso lugar, para que pudéssemos viver. Jesus veio para que nós pudéssemos
chegar ao Pai.
Ele venceu
Jesus
não veio apenas para morrer. Ele veio para vencer. Através de Sua morte e ressurreição
Ele venceu o pecado, a morte e o Diabo. Não existe destino que Ele não tenha
derrotado, nem desesperança ou medo, escuridão ou perdição que Ele não tenha sobrepujado
triunfalmente. “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu
aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a
Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co
15.55-57). Esse é o sentido
do Natal! Sem Sua morte e ressurreição não haveria festa de Natal. Por Jesus
ser Deus, Ele não podia permanecer morto. O Pai O ressuscitou, Jesus retornou
para a glória do Pai e voltará como Soberano sobre todo o mundo.
O Natal é para você
apenas uma festa sentimental, com velas, música e presentes? Será que o Natal
não significa mais do que um bebê que não sai da manjedoura a vida toda? Está
na hora de oferecer um presente a Jesus, um presente que Ele merece há muito tempo:
você mesmo! Entregue sua vida a Ele! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
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